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Justiça exige alerta sobre uso do Bolsa Família em sites de apostas

Justiça determina que plataformas de apostas alertem sobre uso de recursos de programas sociais. Prazo de 45 dias para implementação e multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento.

Justiça Federal de São Paulo determina que plataformas de apostas incluam alertas sobre o uso de recursos assistenciais como Bolsa Família e BPC.

Decisão ocorre após solicitação da Educafro e do CDCA. O juiz Gabriel Hillen deu às empresas 45 dias para implementar os avisos, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.

As entidades requerem ainda que as plataformas evitem o cadastro de beneficiários de programas sociais e pedem ao governo a disponibilização de dados do Cadastro de Pessoa Física.

O pedido para suspender campanhas publicitárias voltadas à baixa renda foi negado, pois a medida foi considerada excessivamente restritiva pelo juiz.

O advogado Márlon Reis enfatiza a necessidade de mecanismos para impedir que beneficiários apostem, alertando sobre danos sociais irreparáveis.

Em abril, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a instituição não tem poder legal para proibir o uso de recursos assistenciais nas apostas.

Em setembro de 2024, o Banco Central lançou um estudo indicando que cerca de 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram aproximadamente R$ 3 bilhões em apostas.

A pesquisa mostrou que 70% dos apostadores são chefes de família e que o gasto médio mensal aumenta com a idade.

Apostadores de baixa renda são os mais impactados, enfrentando dificuldade em acessar mecanismos de proteção contra o vício, sendo que a regulamentação das apostas online no Brasil ocorreu em janeiro de 2025.

Atualmente, existem mais de 200 sites autorizados, que precisam cumprir critérios rigorosos, como proporcionar limites de perdas e sistemas de autoexclusão.

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