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Justiça invalida leilões de escolas do governo de São Paulo

Juiz suspende leilões para administração de escolas públicas em São Paulo, reafirmando a necessidade de gestão democrática. Estado planeja recorrer da decisão para manter o programa de parcerias com a iniciativa privada.

Juiz invalida leilões para administração de escolas em SP

O juiz Luis Manuel Fonseca Pires, da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, invalidou os leilões do governo de Tarcísio de Freitas para ceder 33 escolas à iniciativa privada.

Após o primeiro leilão, em 31 de outubro de 2024, uma liminar anterior foi suspensa, permitindo um segundo leilão com mais 14 instituições. Entretanto, a decisão atual reverte essa situação.

Argumentos da decisão judicial

  • Inviabilidade de dissociar espaço físico da atividade pedagógica.
  • Dever do Estado em promover gestão democrática na educação pública.
  • Participação de professores, estudantes e comunidade local nas decisões.

A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) planeja recorrer. O estado defende a validade do programa de parceria público-privada (PPP) e a continuidade da gestão pedagógica pela Secretaria Estadual de Educação.

Ação do Ministério Público

O Ministério Público apoiou a continuidade do programa, alegando que a concessão visa a eficiência na gestão pública.

Outra ação envolvendo o vereador Toninho Vespoli suspendeu liminarmente o decreto de Tarcísio sobre os leilões até a análise de sua constitucionalidade.

Detalhes dos leilões

  • Primeiro lote: 17 escolas, consórcio Engeform e Kinea, com custo de R$ 12 milhões mensais.
  • Segundo lote: 16 escolas, consórcio Agrimat, com custo de R$ 11,5 milhões mensais.

O governo espera economizar R$ 2,1 bilhões em comparação ao modelo tradicional, com entrega prevista para 2026, mas atrasos são possíveis devido às disputas legais.

A capacidade total de atendimento das novas escolas é de 35 mil alunos.

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