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Justiça proíbe fiscal de Rendas suspeito de pegar propina de R$ 12 milhões de falar com colegas

Juíza determina afastamento de auditor fiscal sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. Investigação aponta recebimento de R$ 12 milhões em propinas da Hypermarcas entre 2012 e 2014.

Juíza confirma proibição ao auditor fiscal Guilherme Rodrigues Silva de manter contato com agentes da Secretaria da Fazenda de SP. Guilherme, com 27 anos de carreira e ex-delegado regional Tributário em Santos, é investigado por receber R$ 12 milhões em propinas da farmacêutica Hypermarcas (atual Hypera Pharma) entre 2012 e 2014.

A juíza Isaura Cristina Barreira endossou a decisão da 2.ª Vara de Crimes Tributários, que alega que o fiscal pode ter praticado crimes em investigação e determinou seu afastamento das funções.

A defesa de Guilherme se disse "perplexa", ressaltando que a investigação, iniciada em 2021, ainda não apresentou denúncia. Eles argumentam que não houve prática de crime nos fatos investigados.

A Secretaria da Fazenda informou que Guilherme já enfrenta processo disciplinar que pode resultar em demissão se as acusações forem confirmadas.

O auditor é alvo de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, impulsionado por delações de ex-executivos da Hypermarcas, que mencionaram o pagamento de propinas em duas ocasiões distintas.

Além disso, Guilherme é suspeito de solicitar à Hypermarcas pagamentos em 20 parcelas de R$ 300 mil, totalizando R$ 12 milhões, e possui indícios de envolvimento em manobras de lavagem de dinheiro.

A defesa contestou a legalidade das investigações, afirmando que não houve movimentações bancárias irregulares e que as quebras de sigilo não indicaram qualquer atividade suspeita em nome de Guilherme.

A Secretaria da Fazenda assegurou que está comprometida em apurar rigorosamente notícias de desvios de conduta em seu quadro de funcionários. A Hypera Pharma não se manifestou.

O processo reflete a tensão entre a busca por justiça e as alegações de abuso por parte do Ministério Público, destacando a importância de um devido processo legal.

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