Krugman elogia o Pix e explica por que ele assusta tanto Trump e os bancos americanos
Krugman elogia o Pix como um modelo de pagamentos eficaz e acessível, destacando sua instantaneidade e baixos custos. Ele critica o sistema financeiro americano por resistir a inovações que favoreçam o consumidor, especialmente diante da crescente popularidade do Pix no Brasil.
Paul Krugman, economista e colunista do The New York Times, analisou o Pix, sistema de pagamento brasileiro, em seu artigo "O Brasil inventou o futuro do dinheiro?", publicado nesta terça-feira.
Krugman destaca que o Pix é uma versão pública do Zelle, sistema dos EUA, mas com vantagens como facilidade de uso, instantaneidade e baixas taxas de transação.
- Custo de transação para pessoas físicas: grátis
- Custo para empresas: 0,33% do valor da transação
- Taxa de cartões de débito: 1,13%
- Taxa de cartões de crédito: 2,34%
Krugman afirma que o Pix alcança o que as criptomoedas prometiam, mas falharam em entregar, destacando que 93% dos brasileiros usam o sistema, enquanto apenas 2% dos americanos usaram criptomoedas para pagamentos em 2024.
Ele menciona que, em 2022, o Federal Reserve considerou criar uma CBDC (moeda digital de banco central), mas Donald Trump ordenou a paralisação. Krugman pergunta: por que essas facilidades não podem ser oferecidas a indivíduos e empresas não financeiras?
O autor acredita que a direita americana teme que uma CBDC possa atrair mais pessoas do que contas em bancos privados, levando à oposição do setor financeiro a qualquer iniciativa nesse sentido.
Krugman conclui que os EUA estão presos a interesses corporativos e fantasias cripto, e que, enquanto outros países podem aprender com o Brasil, os USA não devem ter um sistema semelhante ao Pix tão cedo. A Colômbia, por exemplo, planeja lançar o Bre-B, inspirado no Pix.