Krugman: Pix é “futuro do dinheiro”, mas não espera que EUA sigam exemplo do Brasil
Krugman elogia o sistema de pagamentos Pix do Brasil como uma inovação financeira impressionante, destacando sua ampla aceitação e eficiência. Em contraste, ele critica a relutância dos EUA em adotar soluções similares devido a interesses privados e questões políticas.
Paul Krugman, economista norte-americano, destacou o Pix em suas postagens, elogiando o sistema de pagamento eletrônico do Brasil, desenvolvido pelo Banco Central.
No contexto da taxação de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros, Krugman escreveu um artigo intitulado “O Brasil inventou o futuro do dinheiro?”. Ele afirma que o Brasil é uma referência em inovação tecnológica no setor de pagamentos, ao contrário dos EUA, que resistem a soluções mais abrangentes.
O Nobel de Economia de 2008 observou que interesses pessoais dificultam o avanço em soluções digitais nos EUA, enquanto o Brasil desenvolve o Drex, uma moeda digital de banco central. O Pix, introduzido em 2020, já é utilizado por 93% dos adultos brasileiros e se tornou o meio de pagamento mais popular.
Krugman comparou o Pix ao Zelle, ressaltando suas vantagens, como transações instantâneas, custos baixos e maior alcance. O uso do Pix cresce rapidamente, evidenciando sua eficácia em comparação às criptomoedas, mencionando que apenas 2% dos americanos utilizaram criptomoedas para pagamentos em 2024.
O economista criticou a resistência dos EUA a um sistema público de pagamentos e destacou a dificuldade do setor financeiro privado em competir com soluções públicas superiores.
Krugman também comentou sobre a Lei Genius, aprovada pela Câmara americana, que regula as stablecoins, alertando que pode gerar fraudes e crises financeiras. Ele vê a possibilidade de uma CBDC parcial nos EUA, inspirada no sucesso do Pix.