Laudo brasileiro confirma causa da morte de Juliana Marins, mas não se falta de socorro foi fatal
Laudo aponta que a publicitária Juliana Marins sofreu múltiplos traumas após queda em trilha na Indonésia. A família questiona se o atraso no resgate contribuiu para a morte da jovem, que despertou comoção em todo o país.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou que a morte da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, ocorreu devido a múltiplos traumas gerados por uma queda durante uma trilha na Indonésia.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) revelou que a queda resultou em hemorragia interna e politraumatismo, com falência dos órgãos vitais. O corpo de Juliana foi encontrado quatro dias após o acidente, apresentando lesões letais com uma estimativa de sobrevida de apenas 10 a 15 minutos após o impacto, apesar de relatos sugerirem que ela poderia ter sobrevivido por horas.
Os peritos indicaram a possibilidade de que Juliana tenha passado por um período de sofrimento intensificado antes de falecer, embora o laudo não confirmasse se atendimento médico imediato teria mudado o desfecho.
A perícia concluiu que não houve sinais de violência física anterior e identificou marcas de deslocamento do corpo. A família de Juliana pediu uma nova perícia à Justiça, questionando a ausência de socorro imediato.
Juliana Marins, mochileira e publicitária, estava desde fevereiro em um mochilão pelo Sudeste Asiático. Durante uma desafiadora trilha de três dias no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, ocorreu sua queda. Formada em Publicidade pela UFRJ, Juliana também havia cursado Direito na UFU e se destacava pela personalidade expansiva.
Seu acidente, que deixou sua família devastada, foi registrado emocionalmente por sua irmã, Mariana Marins, que expressou sua dor em uma carta de despedida publicada nas redes sociais.
A queda aconteceu em uma área íngreme, e relatos indicam que ela se sentiu cansada e pediu pausa na trilha. O guia local, após perceber a demora, voltou, mas Juliana já havia caído. Segundo familiares, a demora no resgate foi crucial, e surgiram questionamentos sobre a comunicação com as autoridades. Mariana destacou que "ela foi deixada sozinha por mais de uma hora", o que acentuou a tragédia.