Leão 14 está aberto a debater papel de mulheres e bênção a homossexuais, mas com cautela, dizem cardeais brasileiros

Entrevista coletiva em Roma - Na tarde desta sexta-feira (9), os sete cardeais brasileiros que participaram do conclave relataram suas experiências após a eleição de Robert Prevost como o novo papa Leão 14.

Participação das mulheres - O arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, ressaltou a importância de ampliar a participação feminina na Igreja. Ele acreditou que Leão 14 está aberto ao diálogo sobre questões como a bênção a homossexuais.

O presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, elogiou as mulheres nas comunidades, mas foi cauteloso quanto ao seu papel na Igreja. Ele afirmou que a bênção da Igreja a quem pede não é sinônimo de sacramento, sugerindo que o assunto requer tempo e discernimento.

Bastidores do conclave - Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, comentou sobre as dinâmicas das votações, afirmando que conversas nos intervalos não se transformam em campanha. Ele destacou a grande responsabilidade sentida na entrega do voto diante de um importante simbolismo religioso.

Relação com a América Latina - O arcebispo de Salvador, dom Sérgio da Rocha, reconheceu a continuidade entre Leão 14 e seu antecessor, Francisco, enfatizando a importância da presença latino-americana no papado.

Expectativas para o novo papa - Dom Raymundo Damasceno expressou esperança de que Leão 14 seja um defensor da paz, promovendo uma convivência harmoniosa por meio do diálogo e justiça.

Escolha do nome - Dom Leonardo associou o nome Leão 14 à ênfase na doutrina social da Igreja. Ele destacou que o novo papa não ignorará as questões sociais, como pobreza e meio ambiente, assim como fez seu antecessor.

Dom Odilo comentou que a escolha do nome vai além da simbologia do leão, ligando-se à história dos papas Leão e à necessidade de uma boa cristologia.