HOME FEEDBACK

Leão 14 terá de administrar pressões sobre acordo entre Vaticano e China

O novo papa, Leão 14, enfrentará desafios ao lidar com o acordo entre a Santa Sé e a China, que regula a nomeação de bispos em meio a pressões internas e externas. Sua origem norte-americana poderá influenciar a dinâmica das relações entre o Vaticano e o governo chinês, especialmente levando em conta a postura conservadora de alguns setores da Igreja.

Expectativas sobre o novo papado de Leão 14 incluem sua abordagem em relação à China, onde a Santa Sé não possui relações diplomáticas.

Desde 2018, um acordo kontroverso é vigente, regulando a nomeação de bispos entre o Vaticano e o governo chinês, após anos de imposições unilaterais.

O acordo, negociado pelo cardeal Pietro Parolin, visa resolver problemas de bispos ilegítimos e facilitar a evangelização na China. Contudo, sua falta de transparência gera resistência, principalmente entre conservadores, como o cardeal Raymond Burke.

Críticos alegam que o acordo concede poder ao governo chinês na nomeação de bispos, embora outros afirmem que isso já acontecia sem a consulta do Vaticano. O cardeal Joseph Zen Ze-kiun também expressa sua oposição, embora reconheça a melhora nas relações entre as partes.

O novo papa, Robert Prevost, deve lidar com essa questão sob pressão, especialmente por sua origem americana, que complica o cenário. A escolha de Parolin como secretário de Estado será um sinal de continuidade nas negociações.

Restrições do acordo já permitiram a transferência de bispos entre dioceses e a participação de clérigos chineses em sínodos. A longo prazo, espera-se que a Santa Sé busque um acordo permanente que aborde temas como paz e meio ambiente.

Porém, desafios como a situação em Taiwan e a liberdade religiosa na China ainda perduram, exigindo uma transformação no regime político chinês.

Leia mais em folha