Legacy vê aperto relevante no crédito a empresas com aumento do IOF equivalente a 1 ou 2 altas de juros
Impacto do aumento do IOF pode apertar crédito e desacelerar a economia. Felipe Guerra destaca que medidas caóticas arranham a imagem do Ministério da Fazenda, enquanto o Banco Central se fortalece.
Aumento do IOF gera preocupações sobre impacto no crédito.
Felipe Guerra, sócio e CIO da Legacy Capital, acredita que a intenção do governo foi aumentar a arrecadação, não controlar capitais. No entanto, ele alerta para um aperto de crédito que pode equivaler de uma a duas altas na taxa de juros.
Guerra menciona que a estratégia parece alinhada com a mentalidade “Robin Hood” do Ministério da Fazenda, mas de maneira desorganizada. As pequenas e médias empresas, assim como o setor varejista, serão os mais afetados.
Apesar de o governo ter recuado em algumas medidas, a condição de crédito ainda permanecerá apertada, o que pode desacelerar a economia.
A postura do Banco Central durante essa situação é considerada “excelente” por Guerra. Ele destaca a importância da atuação da diretoria contra as medidas, reforçando a institucionalidade do país e a credibilidade do BC.
Guerra observa que, devido ao episódio do IOF, a notícia positiva do congelamento de gastos ficou em segundo plano. O governo anunciou R$ 31 bilhões, superando a expectativa de R$ 10 bilhões. No entanto, ele ressalta a dificuldade do governo em apresentar apenas boas notícias.