Lei de licenciamento ambiental mantém maioria de reações negativas nas redes sociais, diz Quaest
A maior parte das menções nas redes sociais foi negativa, refletindo a insatisfação com os vetos presidenciais à nova lei do licenciamento ambiental. Ambientalistas e críticos destacam a fragilização da fiscalização e o impacto negativo da proposta, conhecida como "PL da Devastação".
Debate nas redes sociais sobre a nova lei do licenciamento ambiental mostra 70% de menções negativas, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar 63 dos quase 400 dispositivos do texto. Entre 1º de agosto e 11 de setembro, o levantamento do instituto Quaest revela:
- 70% negativas
- 19% positivas
- 11% neutras
O sentimento negativo é similar ao registrado durante a tramitação na Câmara, onde 75% se opunham à proposta. Enquanto no Senado, o percentual negativo foi de 49%.
O projeto foi criticado por ambientalistas como "PL da Devastação", devido à fragilização da fiscalização. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não conseguiu barrar sua aprovação, apoiada pela oposição e a bancada ruralista.
Após a sanção da lei, foi mobilizada uma campanha online para "veta tudo", recebendo 10.616 menções. O pico de menções ocorreu em 8 de setembro, com 11.940 interações, no dia da sanção e veto.
A Quaest monitorou 64 mil menções, com alcança média de 11,4 milhões de pessoas por dia - enquanto no Congresso, chegava a 50 milhões.
A crítica mais comum usava "PL da Devastação". Já defensores dizem que a mudança acelera o licenciamento e é boa para o desenvolvimento.
Após a sanção, houve divisão entre críticos: parte satisfeita com os vetos, parte frustrada pelo veto total esperado.
A decisão do governo agora será avaliada pelo Congresso, que ainda não definiu data para a votação dos vetos.