Leia a lista de deputados que podem ser suspensos por parar a Câmara

A Mesa Diretora da Câmara, sob a presidência de Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou, na 6ª feira (8.ago.2025), representações disciplinares contra 14 deputados da oposição que paralisaram os trabalhos por 30 horas.

Os deputados, todos do PL e ligados a Jair Bolsonaro, ocuparam a Mesa para pressionar Motta a votar um projeto de anistia aos envolvidos nas invasões de 8 de janeiro de 2023, além de protestar contra a prisão domiciliar do ex-presidente.

A Corregedoria tem 48 horas para analisar os casos e emitir um parecer. Se recomendado o afastamento, os casos seguirão ao Conselho de Ética para análises individuais. Essa abordagem pode prolongar o processo de possíveis suspensões.

No tumulto, Motta enfrentou bloqueios físicos para assumir a presidência, conseguindo sentar-se somente às 22h21 da quarta-feira (6.ago).

Depoimentos dos congressistas alvo de representação:

• Nikolas Ferreira (PL-MG): Afirmou ter sido agredido por Camila Jara (PT).
• Sóstenes Cavalcante (PL-RJ): Admitiu liderança na ocupação e pediu perdão a Motta.
• Carlos Jordy (PL-RJ): Conflito verbal com Motta no plenário foi destacado.
• Zucco (PL-RS): Lição de articulação contra o governo.
• Marcel van Hattem (Novo-RS): Ocupou a cadeira de presidência, desafiando Motta.
• Zé Trovão (PL-SC): Usou métodos físicos para bloquear acessos.
• Bia Kicis (PL-DF): Participou das manifestações que interromperam sessões.
• Paulo Bilynskyj (PL-SP): Impediu a subida de Motta à mesa.
• Marcos Pollon (PL-MS): Usou placa com a palavra "tortura" no protesto.
• Júlia Zanatta (PL-SC): Exposições de sua filha durante a disputa foram criticadas.
• Allan Garcês (PP-MA): Ativo na obstrução das sessões.
• Caroline de Toni (PL-SC): Impediu o controle de Motta na Mesa.
• Marco Feliciano (PL-SP): Coordenou ações de ocupação física.
• Domingos Sávio (PL-MG): Participe ativamente das manobras de obstrução.