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Leilão da ANP mostra confiança das petroleiras na Margem Equatorial, dizem analistas

Leilão de concessões na Margem Equatorial atrai investimentos expressivos, com destaque para o interesse das grandes petroleiras. Apesar dos protestos ambientais, as operações mostram otimismo em relação ao potencial da região.

Leilão da ANP realiza 5ª rodada de concessões em 17/10, arrecadando R$ 989,2 milhões em bônus de assinatura.

O evento demonstrou o apetite das petroleiras pela Margem Equatorial, com previsão de R$ 1,4 bilhão em investimentos.

Apenas 34 dos 172 blocos ofertados receberam propostas, com a Bacia da Foz do Amazonas concentrando 85% do valor arrecadado, segundo o Morgan Stanley.

Analistas destacam que os ágios acima da média sinalizam que a região pode ser uma nova fronteira do offshore brasileiro, similar às reservas da Guiana.

A taxa de sucesso de 40% na Foz do Amazonas é o dobro da média geral, evidenciando o interesse das empresas em assumir riscos, mesmo com pressões ambientais.

O Bradesco BBI ressalta o interesse das grandes operadoras pela Margem Equatorial, próxima à Guiana, onde a ExxonMobil está ativa.

Os principais participantes do leilão foram:

  • Consórcios Petrobras e ExxonMobil (50% cada)
  • Chevron (65%) e CNPC (35%)
  • Shell, Karoon e Equinor na Bacia de Santos
  • Petrobras e Petrogal na Bacia de Pelotas, que teve baixa adesão

A Petrobras contribuiu com R$ 140 milhões, cerca de 14% do total, indicando uma estratégia seletiva.

O leilão ocorreu sob críticas de organizações ambientais, destacando os riscos ecológicos da exploração.

Apesar das preocupações, o apetite econômico das empresas sugere que os riscos são vistos como administráveis.

O avanço nas negociações e avaliações ambientais pode ter reduzido incertezas, destacando a Margem Equatorial como futura fronteira offshore do Brasil.

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