Leilão de Cepacs da Faria Lima pode movimentar R$ 3 bi; BB vai coordenar oferta
Leilão de Cepacs em São Paulo pode arrecadar até R$ 3 bilhões. A Prefeitura define os detalhes finais da oferta e sonda o interesse do mercado antes do certame.
A Prefeitura de São Paulo está preparando o leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Operação Consorciada Urbana Faria Lima, a ser realizado na metade deste ano.
A SP Urbanismo é responsável pelo processo, enquanto o Banco do Brasil foi contratado para coordenar a oferta. Recentemente, a Prefeitura publicou um decreto que regulamenta a nova lei da operação urbana.
Atualmente, há um estoque de 250 mil metros quadrados de potencial construtivo adicional, o que representa uma arrecadação estimada entre R$ 2,6 bilhões e R$ 3 bilhões.
A oferta deverá incluir entre 150 mil a 180 mil títulos, com um valor inicial que pode variar de R$ 17,6 mil a R$ 22 mil, dependendo de uma possível atualização pela inflação.
Gestores do setor observam que há um apetite significativo entre incorporadoras que já possuem terrenos na região. No entanto, incorporadoras sem terrenos hesitam em investir devido aos juros altos.
Os Cepacs permitem que empresas construam prédios acima dos limites originais de cada bairro, com os recursos arrecadados direcionados a infraestrutura e moradias em áreas como Paraisópolis e Jardim Colombo.
No último leilão, em 2021, foram vendidos 10,3 mil títulos por R$ 17,6 mil cada, levantando R$ 183 milhões. O leilão anterior, em 2019, teve um pico com 93 mil títulos e arrecadação de R$ 1,6 bilhão.