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Leite: PSD pró-Lula “não é maioria” e eleitor rejeita Bolsonaro

Governador Eduardo Leite destaca insatisfação do eleitorado com Lula e rejeição ao retorno de Bolsonaro. Em conversa sobre sua candidatura ao Planalto, ele defende um projeto mais conciliador para 2026.

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e recém-filiado ao PSD, afirmou que a ala governista do partido “não é maioria”. Ele destacou a insatisfação do eleitorado com Lula, mas também ressalvou que “não quer voltar para o ex”, referindo-se a Jair Bolsonaro.

Em entrevista ao O Globo, Leite declarou: “O sentimento é de insatisfação com o atual governo, mas não é de saudosismo em relação ao governo anterior.” Ele se apresenta como um nome viável para a presidência, propondo uma candidatura “mais conciliadora”.

Embora o PSD ocupe 3 ministérios no governo Lula, Leite considera a chance de apoio à reeleição do petista "muito remota". Ele afirma: “Essa participação ministerial não vai virar uma aliança eleitoral para 2026”. Uma candidatura própria pode obrigar o PSD a sair do 1º escalão.

Sobre Tarcísio de Freitas (Republicanos), Leite acredita que a ligação do governador de São Paulo com Bolsonaro dificulta a união do centro e do bolsonarismo. “Nesse momento, tudo sinaliza que ele é candidato à reeleição em São Paulo”, disse.

Leite se colocou como opção para liderar o projeto do PSD em 2026, mas também considerou a candidatura ao Senado. Ele ressaltou: “Quero liderar um projeto para o Brasil, mas se outro nome se mostrar melhor, posso optar pelo Senado”.

Ao comentar sua saída do PSDB, onde presidiu até abril, Leite afirmou que a sigla perdeu protagonismo e que a nova filiação pode ser mais produtiva. “Ajudei a construir [o PSDB]. Mas chegou o momento de me movimentar”, disse.

Leite mantém uma posição de oposição “com responsabilidade” em relação ao governo federal e acredita que Lula foi mais receptivo no seu primeiro mandato. “Uma oposição que diverge, mas não para atrapalhar”, afirmou Leite, mencionando a importância de dialogar nas políticas públicas. Afirmou ainda que Lula “parece estar errando mais” neste mandato por favorecer um círculo menos crítico.

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