Lenda do New York Times ganhou Pulitzer no governo Nixon e foi retratado em livro de Gay Talese
Max Frankel, ícone do jornalismo norte-americano, contribuiu significativamente para o New York Times por quase cinco décadas. Ele foi um testemunho da história mundial, cobrindo eventos marcantes da Guerra Fria e mudanças políticas.
Morreu Max Frankel, ex-editor executivo do New York Times, aos 94 anos, no último domingo. Ele foi um dos personagens mais importantes da história da publicação.
Nascido na Alemanha em 1930, Frankel imigrou para os EUA em 1940, fugindo do nazismo. Ingressou no Times em 1952 e, em 1957, tornou-se correspondente em Moscou, durante a corrida espacial da Guerra Fria.
Durante seu tempo na URSS, cobriu a vida sob o regime comunista e a ascensão de Nikita Kruschev. Também reportou histórias sobre a Cuba de Fidel Castro.
Em 1973, conquistou o Prêmio Pulitzer pela cobertura da histórica visita do presidente Richard Nixon à China. Como editor-executivo de 1986 a 1994, impulsionou a inclusão de vozes diversas na redação e a publicação de mais notícias locais.
Após a aposentadoria, continuou a escrever, incluindo um artigo de opinião em 2019 sobre a campanha de Donald Trump e sua relação com a Rússia.
Seu trabalho foi mencionado no livro "O Reino e o Poder" de Gay Talese, que registra a história do New York Times. Frankel trabalhou no jornal por 48 anos: 19 como repórter, 21 como editor e 6 como colunista.