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Licenciamento ambiental é imprevisível, diz entidade

IPE defende aprovação do PL 2.159/2021 para modernizar o licenciamento ambiental e garantir segurança energética. Embora reconheça avanços, o instituto alerta para a necessidade de melhor compatibilização entre as políticas ambientais e energéticas.

IPE apoia PL 2.159/2021 sobre Licenciamento Ambiental

O Instituto Pensar Energia (IPE) divulgou uma nota nesta 2ª feira (19.mai.2025) em apoio à aprovação do Projeto de Lei 2.159/2021, que aborda a nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental.

A proposta será analisada por duas comissões do Senado: Meio Ambiente na 3ª feira (20.mai) e Agricultura na 4ª feira (21.mai).

O IPE ressalta que a emenda busca corrigir um “vazio institucional” e reconhecer a segurança energética como parte do interesse público. Segundo o instituto, o Brasil enfrenta uma “crise silenciosa de confiabilidade energética”.

A entidade destaca que a ampliação de fontes intermitentes como solar e eólica é benéfica, mas que requer potência firme para garantir a estabilidade do sistema. Alega que o licenciamento atual é “imprevisível, fragmentado e disfuncional”.

A proposta, relatada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) e apoiada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), sugere um tratamento especial para projetos no planejamento energético nacional.

Entre os pontos, está a criação da LAC (Licença por Adesão e Compromisso), que permitiria a operação de empreendimentos enquanto discutem condicionantes ambientais, com licença concedida automaticamente.

Além disso, o texto propõe a dispensa de licenciamento para atividades de baixo impacto ambiental e facilita a regularização de empreendimentos sem licença.

O IPE argumenta que o projeto moderniza o licenciamento ambiental, proporcionando mais agilidade e segurança jurídica, sem flexibilizar exigências ambientais. Porém, pede mais avanços para uma melhor compatibilização entre licenciamento e segurança energética.

A defesa do PL enfrenta críticas da Frente Parlamentar Ambientalista, que pretende acionar o governo para barrar o progresso do texto no Senado.

O IPE clama por um “rito racional” para evitar que o licenciamento permaneça como uma “roleta procedimental” e convoca setores de energia, indústria e sociedade civil a pressionarem pela aprovação do projeto.

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