Líder bolsonarista na Câmara nega acordo com Motta por anistia e pede desculpa por ocupação
Sóstenes Cavalcante pediu desculpas pelo discurso radical e afirmou que não houve acordo para a votação da anistia. O líder do PL contrapôs as críticas da oposição, negando qualquer chantagem em relação ao presidente da Câmara.
Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, pediu desculpas e atenuou discurso radical após bloqueio dos trabalhos na semana.
Ele esclareceu que não houve acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a votação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
No plenário, Cavalcante afirmou que houve um compromisso entre líderes partidários para incluir a anistia e o fim do foro privilegiado na pauta.
Ele desmentiu a chantagem ao presidente: "Não é comportamento da direita chantagear ninguém". Acusou, porém, que alguns parlamentares estão sendo chantageados por ministros do STF.
Um grupo de 50 deputados bolsonaristas ocupou o plenário por cerca de 30 horas, liberando-o após um acordo mediado pelo ex-presidente Arthur Lira (PP-AL).
Em resposta, o líder do PT, Lindbergh Farias, afirmo que a ocupação foi um "motim e sequestro do plenário", questionando se a ação não era chantagem.
Hugo Motta comentou que o dia anterior foi desafiador e ressaltou que o que é inegociável é a democracia.
