Líder do PT na Câmara diz que governo aceita rever aumento do IOF e pede sugestões a Motta
Governo federal busca diálogo com parlamentares sobre possíveis mudanças no aumento do IOF, visando alternativas com impacto na arrecadação. A insatisfação entre setores econômicos e políticos cresce à medida que propostas de derrubada da medida são articuladas.
BRASÍLIA – O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirma que o governo está aberto a sugestões sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O canal de diálogo envolve o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Lindbergh destaca que já houve troca de sugestões com Motta e Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
As propostas devem oferecer uma nova fonte de arrecadação. A abertura para discussões foi reforçada por Dario Durigan, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, após uma reunião com banqueiros.
Deputados e senadores mencionam o impacto negativo da mudança do IOF e sugerem a possibilidade de derrubar a medida via projeto de decreto legislativo, o que enfrentaria o governo, que alerta para o contigenciamento de mais de R$ 5 bilhões em emendas parlamentares.
O líder do União Brasil na Câmara, Pedro Lucas Fernandes (MA), defende alterações para não dificultar o acesso ao crédito, afetando os mais pobres.
No Senado, o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), organiza um encontro com senadores e banqueiros. O intuito é apresentar detalhes ao Legislativo para evitar a insatisfação crescente.
Representantes de diversos setores, incluindo indústria e agronegócio, manifestam apoio à derrubada do aumento do IOF e pedem que o projeto de decreto legislativo seja incluído na pauta do plenário.
Um manifesto publicado por presidentes de frentes parlamentares expressa o inconformismo com o decreto e apoio à aprovação do projeto como medida de justiça fiscal e econômica.