Líder supremo do Irã aparece em público pela 1ª vez após guerra com Israel; veja vídeo
A aparição de Khamenei ocorre em meio a uma intensa crise com Israel, com relatos de sua segurança em local secreto. O vídeo marca o primeiro registro público do líder desde o início do conflito, refletindo seu papel central na política iraniana.
Aparecimento do Aiatolá Khamenei
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, publicou um vídeo em uma cerimônia religiosa no último sábado (5) em Teerã. Esta é sua primeira aparição pública desde 11 de junho, antes do início da guerra com Israel.
Segundo a Reuters, a televisão estatal afirmou que Khamenei estava em um "local seguro" desde o início do conflito, que resultou na morte de comandantes e cientistas nucleares iranianos.
O vídeo mostra centenas de pessoas participando da cerimônia da Ashura, o dia mais sagrado do calendário muçulmano xiita. Quando Khamenei chega, os presentes começam a entalar cânticos.
Histórico de Khamenei
- Khamenei é o segundo líder supremo desde a Revolução Islâmica de 1979 e ocupa o cargo desde 1989.
- Ele é chefe de Estado e comandante das Forças Armadas, incluindo a Guarda Revolucionária Iraniana.
- Antes de se tornar líder, Khamenei enfrentou prisões e tortura pela polícia secreta do xá.
- Foi eleito presidente em 1981 e se tornou o sucessor de Ruhollah Khomeini em 1989.
Cenário do Conflito
A crise atual se intensificou pelo programa nuclear iraniano. Em 2018, Trump abandonou um acordo que visava o relaxamento de sanções em troca da suspensão da busca pela bomba atômica.
Após 12 dias de conflito, Irã e Israel anunciaram cessar-fogo em junho. O Irã relatou 935 mortes; Israel confirmou 28. O conflito foi marcado pela intervenção dos EUA, que bombardeou instalações nucleares iranianas.
As tensões entre Israel e Irã são antigas e alimentadas por mudanças geopolíticas. Desde a revolução de 1979, Khomeini usou a causa palestina como um dos pilares contra Israel, visto como extensão dos EUA.
Apoio ao Hezbollah e Hamas
O Irã é responsável pelo financiamento e apoio do Hezbollah, uma milícia criada após a invasão de Israel ao Líbano em 1982, e também apoia o Hamas, autor dos ataques de 7 de outubro de 2023, que precipitaram a atual crise na Faixa de Gaza.