Líderes europeus se reúnem em Paris para discutir apoio à Ucrânia

Emmanuel Macron, presidente da França, recebeu líderes europeus em Paris nesta quinta-feira (27) para discutir apoio à Ucrânia.

A reunião resultou na decisão de estabelecer, nas próximas semanas, uma “força de garantia” com tropas europeias no território ucraniano após o fim do conflito. Macron declarou: "Acredito que em três a quatro semanas teremos a estrutura do exército ucraniano e um plano de ação preciso".

Participaram do encontro o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e representantes de mais de 30 países da “coalizão dos dispostos”.

A França e o Reino Unido coordenam esforços para a força que protegerá locais estratégicos na Ucrânia, mas as ambições da coalizão foram reduzidas devido a divisões na UE e a recusa do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em garantir apoio logístico.

Oficiais militares franceses e britânicos irão à Ucrânia para identificar necessidades específicas. Macron afirmou que "nada está descartado — capacidades marítimas, aéreas e terrestres estão sendo consideradas".

Após o encontro, Zelensky solicitou um plano claro aos aliados e destacou a importância do exército ucraniano como principal garantia de segurança.

A reunião ocorre em meio a preocupações sobre o cessar-fogo no Mar Negro, mediado pelos EUA, que a Rússia ainda não cumpriu. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmou: "Os russos estão enrolando".

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reafirmou a manutenção das sanções à Rússia até uma "paz justa". Ela também anunciou um adiantamento de 50 bilhões de euros à Ucrânia para a compra de armas.

Tanto Macron quanto Zelensky concordaram que o momento não é de suspender as sanções e sugeriram que Moscou não negocia de boa-fé.