Líderes manifestam apoio a Dilma no comando do banco dos Brics em meio a críticas de gestão
Líderes do Brics ressaltam apoio à Dilma Rousseff em sua recondução ao NDB, apesar das críticas à sua gestão. O banco se prepara para novos desafios e ampliação de sua atuação no Sul Global, com novos membros ingressando na instituição.
Líderes do Brics apoiam a presidência de Dilma Rousseff no NDB (Novo Banco de Desenvolvimento) na cúpula realizada no Rio de Janeiro, com a declaração oficial divulgada em 6 de agosto. O elogio à sua gestão ocorre apesar das críticas enfrentadas por Dilma.
A ex-presidente foi reconduzida por um mandato de cinco anos, após articulação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com apoio da Rússia. Dilma assumiu o comando em março de 2023, substituindo Marcos Troyjo.
No comunicado, os líderes expressam: "Apoiamos plenamente a liderança da presidente Dilma Rousseff", enfatizando o progresso do banco em direção à consolidação como uma instituição global.
Contudo, Dilma enfrenta críticas por sua gestão, com metas atrasadas, relatos de assédio moral, e demissões significativas - ao menos 46% dos funcionários brasileiros deixaram a instituição.
A cúpula destaca que o NDB se prepara para sua "segunda década de ouro", ressaltando seu papel como um agente de desenvolvimento no Sul Global. O banco deve focar em mobilizar recursos, fomentar inovação e financiamento em moeda local.
Dilma anunciou a aprovação de US$ 6,3 bilhões em financiamento para 29 projetos no Brasil, com US$ 4 bilhões já desembolsados. O objetivo é aumentar captação em moedas locais.
Os países do Brics também apoiaram a ampliação do número de membros do NDB, com a entrada recente da Colômbia e do Uzbequistão, totalizando 11 países na instituição.
A declaração final ressalta a importância da expansão de membros e o fortalecimento da governança do banco para aumentar sua resiliência institucional.