Limbo de códigos e regras comerciais desorienta exportadores no pós-tarifaço
Descompassos nas classificações tarifárias entre Brasil e EUA dificultam o entendimento sobre isenções. Exportadores enfrentam incertezas quanto às tarifas de 50% impostas pelo governo americano, ampliando a confusão no comércio exterior.
Dificuldades no comércio exterior: As diferenças nas regras de comércio entre Brasil e EUA têm provocado confusão entre exportadores, especialmente após o tarifaço de 50% implementado em 6 de setembro.
Desafios de classificação: As descrições de produtos variam significativamente entre a Tabela Tarifária Harmonizada dos EUA (HTSUS) e a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Apenas os seis primeiros dígitos são compatíveis; o sistema americano possui dez dígitos, enquanto o brasileiro tem oito.
Incertezas nas isenções: Dúvidas persistem sobre produtos isentos pelas tarifas de Trump e a aplicabilidade dessas isenções em segmentos inteiros ou itens específicos.
Consultoria especializada: Profissionais como Gabriel Rodriguez têm se dedicado a consultorias para ajudar empresas a entender as sobretaxas e suas consequências. Muitas vezes, as descrições dos produtos não coincidem com as de outros países que também enfrentam tarifas.
Triangulação e insegurança: Exportadores que vendem para países terceiros, que depois enviam produtos aos EUA, enfrentam incertezas adicionais. Descrições variadas de produtos entre diferentes acordos comerciais aumentam a insegurança.
Ambiente de incerteza: A falta de clareza sobre as isenções tem levado muitos a adiar compras, como no caso de um meio de transporte cujo proprietário optou por esperar antes de adquirir, devido às tarifas.
Investigação Seção 301: Originada em 15 de julho, esta investigação avalia práticas brasileiras e gera dúvidas sobre quais produtos estão sujeitos às tarifas de 50%.
Recomendações: Especialistas aconselham que exportadores e importadores consultem profissionais e utilizem recursos como o site Cross, da alfândega americana, para esclarecer dúvidas.