Lira é um “negociador duro”, mas cede diante de dados, diz Haddad
Haddad elogia Arthur Lira como um negociador eficaz na tramitação do projeto de isenção do IRPF. O ministro defende que a proposta é um passo importante para a justiça fiscal no Brasil e destaca os avanços da reforma tributária.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, comentou sobre as negociações com o deputado Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto que isenta salários de até R$ 5.000 do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Ele destacou que Lira é um “negociador duro”, mas que cede com dados inquestionáveis.
Haddad afirmou que enfrentou dificuldades nas negociações, mas que Lira, ao ser confrontado por dados robustos, acaba por
chegar a acordos: “E, quando faz um acordo, cumpre”.
Lira anunciou que apresentará o relatório do projeto à comissão especial em 27 de junho, mas levantou preocupações sobre “descompasso” no texto do governo.
Para financiar a isenção, a equipe econômica sugere taxar os mais ricos e impostos sobre dividendos enviados ao exterior. Haddad criticou a isenção de impostos para quem ganha acima de R$ 100 mil mensais e defendeu a rapidez na aprovação da proposta.
Ele também comentou sobre a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que desistiu de taxar o Pix e priorizou a cobrança dessa taxa, uma proposta que foi apoiada por Paulo Guedes. Haddad lembrou que o governo Bolsonaro não conseguiu aprovar a reforma tributária proposta.
REFORMA TRIBUTÁRIA: Haddad ressaltou a importância da reforma tributária sancionada, que ele acredita trazer “consequências proveitosas” para o Brasil. Ele espera que seja seu principal legado e que transformará o sistema tributário em um dos melhores do mundo.
Haddad vislumbra a digitalização da economia brasileira, prevendo benefícios para investidores em diversos setores, como data centers e energia. A reforma busca eliminar a burocracia, modernizando a forma de pagamento de tributos, tornando tudo eletrônico.