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Lista de exceções do tarifaço fortalece ala contra retaliação no governo Lula

Governo Lula opta por estratégia de negociação e cautela diante da ameaça de tarifas americanas, buscando evitar uma escalada na crise. A lista de exceções divulgada por Trump reforça a posição moderada do presidente e a prioridade em ampliar os produtos isentos.

Decisão de Donald Trump gera divisão no governo Lula sobre retaliações.

Na quarta-feira (30), Trump anunciou uma tarifa adicional de 40% sobre produtos importados do Brasil, resultando em uma sobretaxa total de 50% devido aos 10% anteriores.

A lista de quase 700 exceções isenta 43% do valor das exportações brasileiras para os EUA, conforme levantamento da Folha.

Lula expressou a necessidade de reações contra o tarifaço, citando a Lei da Reciprocidade, mas busca esgotar as possibilidades de negociação.

A divisão no governo é evidente; Rui Costa defende retaliação, enquanto Fernando Haddad adota uma postura moderada.

Ala cautelosa quer esperar mais informações sobre a sobretaxa de 50% antes de decidir sobre retaliação.

Os Estados Unidos isentaram setores como derivados de petróleo, ferro-gusa e produtos de aviação civil, mas carnes, café e pescado não foram poupados.

O governo tem como prioridade expandir as exceções e evitar uma escalada da crise. Há preocupações sobre a imprevisibilidade de Trump e o baixo apoio para retaliações entre empresários brasileiros.

A decisão sobre invocar a Lei da Reciprocidade dependerá da situação futura, incluindo a disposição americana para negociar aspectos comerciais.

Após o decreto do tarifaço, Lula reafirmou que o Brasil não abrirá mão dos instrumentos de defesa do país.

Retaliações devem ser cuidadosas para não afetar os principais produtos importados do Brasil, tais como motores, máquinas, aeronaves e medicamentos.

A estratégia mais viável pode ser focar em propriedade intelectual, como royalties do setor farmacêutico e audiovisual.

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