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Listagem nos EUA seria ‘passo natural’ após Marfrig incorporar BRF, diz Molina

Marfrig experimenta a maior valorização na bolsa após apresentação de sinergias da fusão com a BRF. Executivos destacam aumento nos dividendos e potencial listagem nos Estados Unidos, prevendo ganhos significativos para acionistas.

Marfrig Global Foods teve sua maior alta na bolsa brasileira desde maio, com um aumento de 9% em suas ações, impulsionada por anúncios sobre a aquisição da BRF e aumento de dividendos.

O presidente Marcos Molina destacou que sinergias e créditos fiscais da fusão podem resultar em pagamentos maiores aos acionistas da BRF. Ele mencionou que a nova empresa, MBRF, continuará a pagar dividendos de forma consistente.

A aquisição aguarda aprovação do Cade, com expectativa de fechamento até setembro. Molina disse que a listagem nos Estados Unidos está em vista e traria mais valor e reduziria custos de capital.

A Marfrig, que controla a National Beef, se beneficia da forte demanda global por frango, mesmo enfrentando uma escassez de gado nos EUA. Os lucro operacionais da Marfrig caíram, mas menos que o esperado, e a BRF superou expectativas de analistas.

As dificuldades no setor incluem preços recordes pelos animais para abate e resistência para repassar custos. Contudo, a demanda crescente por frango e custos baixos de ração ajudam a Marfrig a se manter estável, mesmo após restrições comerciais.

Gularte, CEO da BRF, prevê que as proibições da China e da UE sobre o frango brasileiro serão retiradas em breve. O mercado internacional deve ver um aumento na demanda, com a RBJ prevendo crescimento de 2% na oferta de frango no Brasil.

No segundo trimestre, o lucro da Marfrig foi de R$ 3 bilhões, enquanto a BRF reportou R$ 2,5 bilhões em lucro ajustado, superando expectativas de analistas.

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