Lixões de 3 capitais podem causar desastre como o de Goiás, diz associação
Alerta aponta que lixões em Goiânia, Manaus e Teresina correm risco de colapsar, seguindo os passos do desastre em Padre Bernardo. Especialistas exigem a transferência imediata de resíduos para aterros sanitários para evitar consequências ambientais graves.
Três lixões em capitais brasileiras - Goiânia (GO), Manaus (AM) e Teresina (PI) - podem provocar desastres ambientais semelhantes ao ocorrido em Padre Bernardo (GO) em junho. O alerta foi dado pelo presidente da Abrema, Pedro Maranhão.
Ele destaca a necessidade urgente de transferir resíduos sólidos para aterros sanitários. A Lei de Resíduos do Solo exige a eliminação de lixões para a implementação de aterros que tratem materiais.
Em 18 de junho, ocorreu um deslizamento no aterro Ouro Verde, resultando na contaminação do Córrego Santa Bárbara. A Justiça interditou o local em 26 de junho. Maranhão considera essa situação não apenas um desastre ambiental, mas também social e econômico, questionando a omissão da prefeitura.
Maranhão critica a prefeitura de Goiânia, que nega que seu local de despejo seja um lixão, apesar de não ter tratamento adequado de resíduos. Ele também menciona a situação crítica de Teresina, onde a prefeitura manifesta interesse em criar aterros sanitários.
Em Manaus, os resíduos ainda vão para um lixão, embora haja a possibilidade de um aterro. Maranhão descreve um aterro sanitário como essencial para o manejo apropriado de resíduos, aplicando técnicas de impermeabilização e tratamento de chorume.
Além disso, haverá um Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos em Manaus, com um terço das obras concluídas. Com isso, a cidade busca mitigar o impacto ambiental.
Segundo a Abrema, Goiás recebeu um estudo apontando “12 falhas gravíssimas” no Aterro Sanitário Municipal. A falta de licença ambiental e a operação em desacordo com normas legais levam à consideração de Goiânia como um lixão. A prefeitura está sob uma decisão judicial para fechamento gradual do local.
Entidades como o Ministério Público estão atentas às condições dos lixões e buscam a eliminação desses locais. Recentemente, reuniões em Teresina pediram a desativação do lixão após a morte de um menino de 12 anos.
A Agência Brasil não obteve resposta da prefeitura de Manaus sobre as providências em relação ao problema.