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Lucro líquido do Nubank sobe 74% no 1º tri, mas aumento de gastos pesa no resultado

Nubank apresenta resultados mistos no primeiro trimestre, com aumento significativo no lucro e na receita, mas queda nas margens de juros e ações. A fintech continua a focar na aquisição de clientes e expansão internacional, apesar de um ambiente desafiador no Brasil.

A Nu Holdings (NU) reportou um lucro líquido de US$ 557,2 milhões no 1º trimestre, aumento de 74% em relação ao ano anterior, superando expectativas.

Os principais impulsos vieram de depósitos e carteira de empréstimos, que cresceram mais do que o estimado.

Em receita, o crescimento foi de 40%, alcançando US$ 3,2 bilhões, acima da estimativa média de US$ 3,1 bilhões, conforme dados da Bloomberg.

No entanto, o lucro bruto foi de US$ 1,3 bilhão, abaixo do esperado, devido ao aumento das provisões para perdas de crédito e despesas com juros.

Margens de juros líquidas diminuíram, e provisões aumentaram em um trimestre mais difícil para a qualidade de crédito no Brasil.

Após a divulgação dos resultados, as ações do banco caíram mais de 6%, apesar de uma recuperação parcial, após uma alta de 27% no acumulado do ano.

O Nubank, um dos maiores bancos digitais do mundo, enfrentou desafios no Brasil, com taxas de juros subindo e investimentos elevados para atrair clientes em novos mercados como México e Colômbia.

O banco adicionou 4,3 milhões de clientes, totalizando 118,6 milhões em três regiões: Brasil, México e Colômbia.

Em declaração, o diretor financeiro Guilherme Lago destacou: “Nos últimos quatro trimestres, adquirimos mais clientes do que todos os cinco bancos estabelecidos no Brasil juntos”.

A carteira de empréstimos cresceu para US$ 24,1 bilhões, e os depósitos atingiram US$ 31,6 bilhões.

No Brasil, houve um aumento nos empréstimos não garantidos, com inadimplência controlada. Provisões para empréstimos ruins aumentaram 21%, chegando a US$ 973,5 milhões.

Citi classificou resultados trimestrais como uma “impressão fraca”, apontando pressão nas margens e custos de financiamento impactando receitas.

O NIM caiu para 17,5%, de 19,5% no mesmo período do ano anterior.

O cofundador e CEO David Velez afirmou que o Nubank está apenas começando a explorar oportunidades em seus mercados e está aberto a maior expansão internacional.

Velez enfatizou que o impacto de curto prazo será compensado por ganhos de longo prazo e que continuarão a investir para maximizar o valor para os acionistas.

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