Luis Arce desiste de disputar a reeleição na Bolívia
Luis Arce desiste de reeleição e propõe unidade da esquerda em meio a crise econômica. O anúncio ocorre em meio a protestos e a uma queda significativa de sua popularidade nas pesquisas eleitorais.
Luis Arce, presidente da Bolívia, desistiu de buscar a reeleição nas eleições de agosto, diante da impopularidade de seu governo.
O anúncio ocorreu nesta terça-feira (13), após ser proclamado pelo Movimento ao Socialismo (MAS) no final de abril.
Arce enfrenta uma crise econômica severa, com escassez de dólares e combustíveis, resultando em protestos ao longo do último ano.
O economista de 61 anos é alvo de pesquisas desfavoráveis, com apenas 1% de intenção de votos, conforme a consultoria Captura.
Durante um discurso na Bolivia TV, Arce declarou: "Hoje comunico ao povo boliviano minha decisão de declinar minha candidatura à reeleição presidencial".
Ele propôs uma "ampla unidade da esquerda" para indicar um único candidato contra a direita.
Arce, ex-ministro da Economia de Evo Morales, seu principal adversário político, foi acusado por Morales de perseguição judicial para dificultar sua candidatura.
Uma decisão judicial estabeleceu que ninguém pode exercer a presidência por mais de dois períodos.
Arce desafiou Morales a não se candidatar, enquanto a disputa pela liderança da esquerda se concentra em Andrónico Rodríguez, atual presidente do Senado, que rompeu com Morales.
Rodríguez lidera pesquisas com 18% de intenção de voto, enquanto a direita enfrenta uma divisão em suas candidaturas.
Arce foi eleito em novembro de 2020 com 55% dos votos, promovendo uma economia robusta durante seu tempo como ministro da Economia, mas agora enfrenta desafios com a queda na produção de gás e inflação anual de 15%, a maior desde 2008.