Lula acusa Israel de 'vitimismo' e volta a chamar guerra em Gaza de 'genocídio'
Lula classifica os ataques de Israel na Faixa de Gaza como um "genocídio" e critica o que considera vitimismo do governo israelense. A visita do presidente à França inclui discussões sobre a guerra no território palestino.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou Israel por ataques à Faixa de Gaza, chamando-os de "genocídio" contra os palestinos.
No Palácio do Planalto, Lula afirmou que não é uma "guerra normal", mas um exército matando mulheres e crianças.
Ele disse: "Precisa parar com esse vitimismo" e destacou que a decisão do governo israelense não representa o povo judeu.
Lula também mencionou críticas feitas pelo ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, que descreveu a situação em Gaza como uma "matança indiscriminada" de civis.
Nesta terça-feira, Lula embarca para a França em visita de Estado, onde debaterá a guerra em Gaza com o presidente Emmanuel Macron.
A declaração de Lula acontece em meio a um debate global sobre críticas a Israel e sua possível relação com o antissemitismo.
Antissemitismo é o preconceito e a hostilidade contra o povo judeu, historicamente manifestado de diversas formas, como no Holocausto.
Sionismo é um movimento político que busca a presença judaica na Palestina, levando à criação de Israel em 1948.
Antissionismo se refere à oposição à existência do Estado de Israel, podendo incluir críticas a políticas de ocupação e assentamentos.
A confusão entre antissionismo e antissemitismo gera acusações de que críticas são silenciadas como racistas por apoiadores de Israel.