Lula acusa Trump de usar tarifaço como pretexto eleitoral e chama ato de covarde
Lula critica a decisão de Trump como um ato eleitoral covarde e defende a soberania e autonomia do Brasil nas negociações internacionais. O presidente afirma que o país não deve depender de um único aliado e reitera a importância do respeito nas relações comerciais.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de aplicar um “tarifaço” contra o Brasil, afirmando que houve um “pretexto eleitoral” na ação. Lula ressaltou que Trump não tinha o direito de anunciar taxações sem entrar em contato com ele ou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Lula, em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, afirmou: “Ninguém pode dar lição ao meu governo sobre como negociar.” Ele pediu respeito ao Brasil e criticou aqueles que o chamam de “vira-latas”.
O presidente reafirmou que o Brasil deve ter liberdade para negociar com diversos países, especialmente em resposta à pressão dos EUA relacionada à aproximação com China e Rússia. Ele declarou que o país está cansado de ser visto como em desenvolvimento e que a relação comercial não deve ser afetada por interesses políticos.
Lula considerou o tarifaço como um ato covarde, sem precedentes na história das relações entre Brasil e EUA. Ele reiterou que o compromisso do governo é com os brasileiros, buscando proteger trabalhadores e empresas prejudicadas.
O presidente também mencionou “traidores da pátria”, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, acusados de facilitar as sanções americanas. Segundo Lula, “a soberania brasileira está sendo atacada” e a economia afetada por ações externas.