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Lula admite negociar minerais críticos com outros países, em meio a interesse dos EUA

Brasil busca parcerias internacionais para exploração de minerais críticos, priorizando valor agregado local. Presidente Lula enfatiza a criação de um conselho para tratar a questão como soberania nacional.

Presidentes sinalizam parcerias no setor mineral

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil está disposto a negociar parcerias de exploração de minerais críticos e terras raras com outros países.

Em entrevista à Reuters, Lula comentou que o governo ainda está mapeando esses minérios no país. Ele também anunciou a criação de um conselho ligado à presidência para tratar o assunto como questão de soberania nacional.

Além de parcerias internacionais, Lula destacou a relevância de investir na produção local de itens que utilizam minerais críticos, essenciais para baterias elétricas e inteligência artificial. “Não vamos repetir o que aconteceu no século passado,” frisou ele.

O interesse dos EUA no Brasil, especialmente em terras raras e nióbio, foi mencionado por Gabriel Escobar, encarregado de negócio dos EUA no Brasil. Este interesse pode influenciar as negociações sobre a tarifa de 50% dos EUA sobre produtos brasileiros.

A ordem executiva de Donald Trump, que isenta cerca de 75% dos minérios brasileiros dessa tarifa, traz oportunidades. A proposta inclui uma missão empresarial brasileira aos EUA para aprofundar as conversas e identificar áreas de cooperação.

A China domina o refino de 19 dos 20 minerais críticos globalmente, o que torna diversificar fornecedores uma prioridade para os EUA. O Brasil, com as maiores reservas de nióbio e significativas de grafite e níquel, pode explorar essa oportunidade para obter contrapartidas comerciais e acesso a tecnologias.

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