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Lula adota estratégia top-down e mira chefes partidários por apoio

Lula intensifica diálogo com líderes do Centrão em busca de apoio político após tarifas impostas por Trump. A nova estratégia visa fortalecer sua base no Congresso e responder a um contexto de crise nas relações com os Estados Unidos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou uma ofensiva direta aos presidentes de partidos do Centrão para recompor sua base de apoio no Congresso.

A mudança na articulação política ocorre após o "tarifaço" de Donald Trump sobre produtos brasileiros, o que abre espaço para reforçar o discurso de soberania nacional.

O Planalto, que anteriormente tentava intermediar negociações com líderes partidários, agora adota uma estratégia top-down, buscando dialogar diretamente com os chefes das legendas.

Na quinta-feira (7.ago.2025), Lula se reuniu com Gilberto Kassab (PSD) no Palácio do Planalto, acompanhado da ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).

Esta semana, Lula também deve se encontrar com Marcos Pereira (Republicanos) e deseja conversar com Baleia Rossi (MDB).

Algumas siglas demonstram resistência: no União Brasil, Antônio Rueda está mais aberto ao diálogo, enquanto Ciro Nogueira (PP) não mostrou disposição para se encontrar.

No Itamaraty, a reação intensa de Lula ao tarifaço é vista como uma estratégia para sua reeleição, mas dificulta negociações com os EUA.

Diplomatas acreditam que essa postura busca fortalecer a narrativa interna, mas tem consequência na relação com os Estados Unidos.

Até agora, os poucos sucessos foram de iniciativas ou dos EUA junto a empresários, ou de associações setoriais brasileiras, como Ibram e IPA.

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