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Lula agenda visita a Cristina Kirchner em prisão domiciliar e gera reação da oposição: ‘Péssimo simbolismo para o Brasil’

Visita de Lula à ex-presidente argentina Cristina Kirchner provoca críticas da oposição, que questiona a postura do governo brasileiro diante de líderes condenados. O encontro reitera a aliança entre PT e peronismo em um cenário político polarizado na Argentina.

Encontro de Lula e Cristina Kirchner gera controvérsia

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, gerou forte reação da oposição no Congresso Nacional.

Kirchner, que cumpre prisão domiciliar por corrupção, receberá Lula em sua residência na quinta-feira (3), após a 66ª Cúpula do Mercosul em Buenos Aires. A visita foi autorizada pelo Tribunal Oral Federal nº 2 da Argentina, a pedido da defesa da ex-presidente.

O gesto reacende a aliança histórica entre o Partido dos Trabalhadores e o peronismo argentino, num momento de forte polarização política com Kirchner como principal opositora ao presidente Javier Milei.

A repercussão no Congresso brasileiro foi imediata. O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), afirmou que o encontro transmite uma mensagem negativa para a imagem do Brasil. Zucco criticou a solidariedade do governo a líderes condenados, associando-a à falta de ética e moralidade.

Kirchner foi condenada a seis anos de prisão por irregularidades em contratos de obras públicas durante seus mandatos. Atualmente, está em regime domiciliar.

Lula e Kirchner compartilham uma relação política de longa data, marcada por convergência ideológica. A visita ocorre em um momento delicado para a ex-presidente, que critica o governo Milei e busca se manter relevante na política argentina.

Durante a cúpula do Mercosul, Lula discutirá temas como acordos comerciais e integração energética. Contudo, o gesto em direção a Kirchner deve dominar a repercussão política.

A visita acontece em meio a críticas sobre o alinhamento do governo brasileiro com princípios de transparência e responsabilidade institucional. A Presidência da República ainda não comentou oficialmente o encontro.

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