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Lula assina Lei da Reciprocidade e aciona setor produtivo para debater tarifa dos EUA

Governo brasileiro busca evitar confronto direto com os EUA e estabelece comitê para discutir estratégias de retaliação. A aplicação da Lei da Reciprocidade só será considerada como última alternativa, caso as negociações não avancem.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (14), o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade. Aprovada em abril, essa lei permite ao Brasil retaliar países que impõem barreiras prejudiciais à sua economia.

A medida foi firmada no Palácio do Planalto e será publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (15). A lei poderá ser acionada contra os Estados Unidos a partir de 1º de agosto, caso o presidente Donald Trump mantenha a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a nova lei autoriza a adoção de medidas de proteção do país em decorrência de ações unilaterais de outros países.

Apesar do decreto, o governo brasileiro tenta evitar um confronto direto com os EUA. A aplicação efetiva da lei será uma última alternativa, dependendo do avanço nas negociações até a vigência das tarifas.

O Planalto reconhece que a resposta precisa equilibrar firmeza e pragmatismo, evitando represálias comerciais em cadeia. Um comitê emergencial, liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, foi criado para definir alternativas com o setor produtivo.

O grupo se reunirá duas vezes nesta terça-feira (15):

  • Pela manhã: representantes da indústria (avião, aço, celulose, máquinas, calçados e autopeças).
  • À tarde: líderes do agronegócio (suco de laranja, carnes, frutas, mel, couro e pescado).

Além disso, o governo planeja dialogar com empresas e entidades norte-americanas afetadas pelas tarifas. Alckmin destacou a integração em cadeia entre os dois países.

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