Lula defende participação na festa de Putin e vê críticas da Europa como pequenez
Lula justifica sua presença em evento comemorativo na Rússia e defende que a guerra só terminará com a vontade de ambas as partes. O presidente brasileiro também critica a escalada de violência em Gaza, ressaltando a importância da diplomacia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou sua participação na celebração dos 80 anos do fim da Segunda Guerra, em Moscou, onde Vladimir Putin usou o evento como propaganda para a invasão da Ucrânia.
Lula afirmou que críticas internacionais são sinais de “pequenez” e comentou que, após perder 26 milhões de jovens na guerra, a Rússia não deve ser criticada pela comemoração. Ele reforçou que a posição do Brasil sobre a guerra da Ucrânia permanece sólida, com foco em uma proposta de paz junto à China.
O presidente ressaltou que a guerra só acabará se ambas as partes quiserem e pediu o fim da guerra em Gaza, referindo-se a um “genocídio” contra mulheres e crianças.
Na quinta-feira (8), Lula fez um apelo a Putin para retornar à política, expressando sua preocupação com a necessidade de paz. No dia seguinte, ele assistiu ao desfile militar na Praça Vermelha, enquanto líderes europeus se reuniam em Kiev para apresentar um plano de cessar-fogo de 30 dias.
Putin havia sugerido uma trégua de três dias durante as comemorações, mas os ataques continuaram. Lula já recebeu convites para visitar Kiev, incluindo um recente do embaixador ucraniano no Brasil. Ele se dirigirá à China, onde se encontrará com Xi Jinping entre os dias 12 e 13.