Lula desembarca em Pequim sob tensão entre EUA e China
Lula busca fortalecer laços comerciais e diplomáticos com a China durante visita oficial. Reunião com Xi Jinping pode resultar na assinatura de 16 acordos em meio a tensões comerciais globais.
Presidente Lula da Silva chega à China neste sábado (10.mai.2025) para uma visita oficial de 4 dias, focando em acordos comerciais, transição energética e reforço diplomático.
Ele se encontrará com Xi Jinping na terça-feira (13.mai), marcando o segundo encontro em menos de um ano, após a visita de Xi ao Brasil em novembro de 2024 durante a Cúpula do G20.
A visita ocorre em meio a tensões comerciais entre EUA e China, agravadas por tarifas impostas pela administração Trump, que, embora suspensas para outros países, ainda afetam a China.
Um dos principais objetivos de Lula é diversificar as exportações brasileiras. Atualmente, o Brasil exporta principalmente óleos combustíveis e fertilizantes para a China, e a carne será um tema central na discussão comercial.
- Em 2024, os produtos mais exportados para a China incluem óleos combustíveis e fertilizantes.
- A China rejeitou os 28 frigoríficos brasileiros indicados para exportação de carne.
Espera-se que durante a reunião, Lula e Xi Jinping assinem 16 acordos.
Esta é a 2ª visita de Lula à China no seu 3º mandato, tendo ele estado lá em abril de 2023.
Antes de Pequim, Lula esteve em Moscou, onde se reuniu com Vladimir Putin e criticou as políticas protecionistas dos EUA.
Lula enfrenta desafios internos, com a população o vinculando a uma fraude no INSS, o que impacta sua visibilidade durante a viagem.
O presidente levará ministros e autoridades, incluindo o presidente do Senado Davi Alcolumbre e o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não participará.