Lula diz que intenção da sua gestão é estabelecer que 'um dia, país terá política fiscal justa'
Lula defende uma política fiscal justa e redução de privilégios em evento do Plano Safra 2025/26. O presidente destaca a importância da preservação ambiental e do aumento da produtividade no setor agropecuário.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na terça-feira (1) que sua gestão visa estabelecer uma política fiscal justa no Brasil, criticando os R$ 680 bilhões em desonerações e isenções fiscais existentes.
Durante evento do Plano Safra 2025/2026 no Palácio do Planalto, Lula enfatizou a intenção de reduzir privilégios para promover mais direitos aos cidadãos. Ele expressou sua tristeza ao ver a culpa recair sobre o BPC e o Bolsa Família no contexto da alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O presidente mencionou um projeto de lei que isenta do imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil mensais, considerando isso uma concessão. Ele argumentou também que as ações do Ministério da Fazenda não visam aumentar impostos, mas sim promover uma tributação justa.
Lula destacou que a carga tributária atual é menor proporcionalmente do que a de 2011 e criticou a falta de cobrança sobre a estabilidade fiscal no governo anterior. Ele manifestou otimismo sobre o potencial do Brasil se tornar a sexta maior economia do mundo e aspira ser convidado a reuniões do G7.
Sobre a reforma tributária, Lula negou que suas ações sejam por motivos eleitorais. Ele expressou satisfação com o plano de R$ 516,2 bilhões destinado à agropecuária, mas ressaltou a necessidade de maximizar os ganhos e consolidar o Brasil como o celeiro do mundo.
Lula alertou sobre as mudanças políticas, econômicas e climáticas mundial e a importância de aproveitar oportunidades para ampliar a produção agropecuária de forma sustentável. Ele apontou a possibilidade de recuperar 40 milhões de hectares de terra degradada no Brasil, enfatizando que a preservação ambiental e a produção eficiente são essenciais.