Lula diz que não faz política para conquistar agronegócio
Lula defende investimento recorde no agronegócio como estratégia para fortalecer a economia, mas enfrenta resistência do setor. O presidente destaca a importância da agricultura familiar e os desafios nas taxas de crédito, enquanto a oposição critica a gestão financeira do governo.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que não disponibilizou recursos “recordes” para o Plano Safra durante seu 3º mandato apenas para ganhar apoio do agronegócio, mas sim por reconhecer a importância do setor para a economia. A declaração foi feita em Duque de Caxias (RJ) durante um evento de investimentos da Petrobras.
Lula destacou que, em 3 Planos Safras, foram dispostos R$ 594,4 bilhões e taxas de contratação de até 14%, o dobro do que foi feito no governo anterior. Ele enfatizou a contribuição do agronegócio para a segurança alimentar e para um país de classe média, que não dependa de programas sociais.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, elogiou Lula por mobilizar recursos para o financiamento, mas lamentou as taxas de contratação mais altas do que desejava.
Entretanto, a oposição, especialmente a Bancada do Agro, criticou o governo. A senadora Tereza Cristina afirmou que as gastos excessivos são responsáveis pelo aumento das taxas e pela redução no financiamento agropecuário.
Desde sua reeleição, Lula enfrenta dificuldades em estabelecer uma boa relação com o agronegócio empresarial, que não apoia um novo mandato. Produtores expressaram preocupações com sua candidatura em 2026, e mencionaram a necessidade de Jair Bolsonaro anunciar um candidato forte para as eleições.
Bolsonaro foi condenado em 30 de junho de 2023 pelo TSE por abuso de poder econômico e tornou-se inelegível por 8 anos.