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Lula diz que não vai ligar para Trump para negociar tarifaço, e governo avalia que movimento tem de vir dos EUA

Lula busca apoio de líderes da Índia e China contra tarifas dos EUA, enquanto critica a postura unilateral de Trump. Brasil e Índia enfrentam as maiores sobretaxas comerciais, com ênfase na defesa da soberania nacional e no fortalecimento do multilateralismo.

No dia 1 do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que vai chamar os líderes da Índia e da China para discutir uma resposta conjunta ao tarifaço de Donald Trump.

A decisão ocorre após os EUA aumentarem de 25% para 50% a tarifa sobre produtos indianos, em retaliação à compra de petróleo russo.

Com isso, Brasil e Índia têm algumas das mais altas sobretaxas do comércio internacional. O aumento foi anunciado após negociações entre EUA e Rússia falharem.

Lula conversará por telefone com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi. Ambos têm boas relações e são fundadores do Brics, junto com a China e a Rússia.

Ele disse: "Vou discutir com eles sobre a situação de cada país, para tomarmos decisões". O novo aumento para a Índia entrará em vigor em 21 dias.

Trump acusou Modi de dificultar o acesso a produtos americanos, enquanto Lula criticou a postura unilateral de Trump. Ele afirmou que não se humilhará nas negociações. "Não vou me humilhar," disse.

O governo chinês manifestou apoio ao Brasil e criticou a interferência de Trump. O chanceler chinês, Wang Yi, declarou que a China apoia firmemente a soberania brasileira.

A China também frisou que o uso de tarifas como arma comercial é insustentável e viola regras internacionais. As embaixadas significaram unidade entre Brasil e China.

O Brasil irá recorrer à OMC e buscará negociar soluções. O governo brasileiro está avaliando opções para mitigar os impactos das tarifas, com foco na manutenção de empregos e na busca por novos mercados.

Enquanto isso, Lula descartou retaliação e reafirmou sua disposição para não brigar com os EUA.

O governo está revendo a ideia de um pronunciamento formal de Lula em resposta às tarifas e busca formas de abordar a situação com cautela.

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