Lula e aliados terão mais cadeiras ‘em risco’ no Senado nas eleições de 2026; veja cenário
Lula enfrenta desafios significativos para manter a maioria no Senado em 2026, com uma grande parte dos senadores aliados enfrentando reeleição. A oposição, liderada por Jair Bolsonaro, busca ampliar sua influência na Casa, complicando ainda mais o cenário para o governo.
BRASÍLIA: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisa garantir uma taxa maior de vitória nas eleições de 2026 para manter a maioria no Senado, onde 54 cadeiras estarão em disputa.
Atualmente, 52% das vagas são ocupadas por senadores aliados e 28% pela oposição. Do total de 81 senadores, Lula conta com 38 votos fiéis, contra 29 da oposição, liderada por Jair Bolsonaro (PL).
Das 38 cadeiras do governo, 28 estão em fim de mandato em 2026. Lula precisa eleger 31 senadores aliados para começar 2027 com maioria (41). A oposição requer apenas 27.
Segundo o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), a direita está com um cenário favorável e busca implementar reformas estruturais.
O PT planeja apoiar candidaturas de centro em estados onde não possui candidatos fortes. As regiões com maiores desafios para a esquerda incluem:
- Norte: Incertezas em 3 estados (Rondônia, Roraima e Tocantins).
- Centro-Oeste: Influência do agronegócio e concorrência forte.
- Sudeste: Poucos nomes da esquerda confirmados.
- Sul: Nomes como Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta estão sendo considerados.
No Nordeste, Lula possui forte apoio, com 14 das 18 cadeiras em disputa pertencendo a governistas.
Bolsonaro também quer conquistar a maioria no Senado, com o PL visando aumentar sua bancada de 14 para 25 senadores.
Nomes da direita que podem concorrer incluem:
- Michelle Bolsonaro (DF)
- Flávio Bolsonaro (RJ)
- Eduardo Bolsonaro (SP)
- Carlos Bolsonaro (SC)
- Cláudio Castro (RJ), Ricardo Salles (SP) e outros.
A eventual saída de Eduardo Bolsonaro pode complicar a eleição em São Paulo, com diversos outros candidatos prontos para pleitear a vaga.