HOME FEEDBACK

Lula é 'incoerente no exterior' e 'impopular no Brasil', diz revista britânica The Economist

Revista britânica critica a política externa de Lula, destacando sua incoerência e o afastamento das democracias ocidentais. Além disso, aponta a crescente impopularidade do presidente no Brasil, com altos índices de desaprovação e desafios legislativos.

A revista britânica The Economist classificou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "incoerente no exterior" e "impopular em casa".

No dia 22 de junho, o Itamaraty condenou ataques de Israel e EUA ao Irã, caracterizando-os como uma "violação da soberania" e do "direito internacional".

Esse posicionamento divergiu do apoio de outras democracias ocidentais, que aprovaram ou expressaram preocupação com os ataques.

A revista afirma que a simpatia do Brasil com o Irã continuará com a participação de ambos os países nos Brics, que se reunirão em julho no Rio de Janeiro.

A participação do Brasil em um Brics dominado por China e Rússia faz o país parecer "cada vez mais hostil ao Ocidente".

O afastamento do governo Lula dos EUA, liderados por Donald Trump, é destacado; os dois líderes nunca se encontraram pessoalmente.

Lula se encontrou com Xi Jinping duas vezes no ano passado e visitou a Rússia em maio para convencer Vladimir Putin a permitir que o Brasil medie a guerra na Ucrânia, mas não teve resposta.

A incoerência da política externa de Lula foi acentuada pelo afastamento da Argentina e seu suporte à Venezuela.

A queda de popularidade de Lula, com 57% de desaprovação, é agravada por sua fraqueza diante do Congresso Nacional, que derrubou um decreto sobre o IOF.

Muitos brasileiros associam o Partido dos Trabalhadores à corrupção, devido ao escândalo que levou Lula à prisão.

A reportagem menciona que o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda tem respaldo popular e que a direita pode se unir em torno de um novo sucessor até as eleições de 2026.

A The Economist conclui que Donald Trump raramente menciona o Brasil, possivelmente por seu déficit comercial com os EUA e por sua inatividade geopolítica.

Por fim, recomenda que Lula “pare de fingir que tem importância” e se concentre em assuntos mais relevantes.

Leia mais em bbc