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Lula e Milei em reunião do Mercosul: uma história de discórdia e farpas em 4 pontos

Lula assume a presidência do Mercosul em meio a tensões diplomáticas com Milei. Embora historicamente rivais, ambos buscam avanços em negociações comerciais e desafios regionais.

Presidente Lula participa da Cúpula do Mercosul, em Buenos Aires, nesta quinta-feira (3/7). Lula assume a presidência do bloco, sucedendo Javier Milei.

Esta é a primeira visita de Lula à Argentina desde a posse de Milei, em dezembro de 2023. O encontro ocorre em um momento de diferentes níveis de popularidade: Lula enfrenta 40% de desaprovação, enquanto Milei é visto como um "experimento extraordinário".

A relação entre os dois presidentes tem sido marcada por provocações e antagonismos, incluindo acusações de Milei contra Lula durante a campanha eleitoral argentina. Lula não compareceu à posse de Milei, enquanto Jair Bolsonaro esteve presente. Desde então, Lula não visitou a Argentina sob o comando de Milei.

A agenda de Lula na Argentina não foi divulgada, e um encontro bilateral com Milei é considerado pouco provável. Além disso, a possibilidade de Lula visitar a ex-presidente Cristina Kirchner, atualmente em prisão domiciliar, ainda não está confirmada.

A Cúpula do Mercosul, criada em 1991, inclui Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. A presidência é rotativa a cada seis meses. Relatórios indicam que a Argentina fez poucos avanços durante sua presidência. O acordo com a União Europeia, em negociação há décadas, é um foco importante e pode ser acelerado com o Brasil na presidência.

Milei, apesar de liderar o Mercosul, tem defendido a saída da Argentina do bloco, visando um possível acordo de livre comércio com os EUA, apontado como improvável por especialistas. No entanto, ambos os presidentes devem focar nos interesses em comum durante a cúpula, como combate ao narcotráfico e comércio.

No G20, os presidentes se cumprimentaram de maneira formal, refletindo as tensões entre eles. Milei se opôs a certas questões sociais durante o encontro, mas assinou um documento de acordo, mostrando a necessidade de consenso.

As ações de Milei seguem uma linha ideológica alinhada a Donald Trump, enfatizando a crítica ao socialismo e a proteção de interesses nacionais, apresentando um desafio à diplomacia brasileira.

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