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Lula e Xi tentam unir América Latina na resistência a Trump

Brasil e China promovem união entre países latino-americanos contra o protecionismo dos EUA. Durante o encontro, líderes da região destacam a importância do multilateralismo e propõem maior cooperação com a China.

Brasil e China uniram-se para convocar a América Latina e Caribe a resistirem ao protecionismo e defenderem o multilateralismo, durante o Fórum Celac-China em Pequim.

O evento ocorreu após uma trégua na guerra comercial entre EUA e China e foi marcado pela pressão dos EUA sobre países latino-americanos para evitar aproximações com a China. A presidente interina da Celac, Xiomara Castro, desistiu de participar temendo retaliações.

O presidente chinês, Xí Jinping, destacou que o mundo enfrenta múltiplos riscos e anunciou um pacote de 66 bilhões de yuans (R$ 51 bilhões) em cooperação para a região. Xi firmou que “não há vencedores em guerras tarifárias” e que a China deseja desenvolver parcerias com a América Latina.

O presidente brasileiro, Lula, reforçou a necessidade de reduzir as assimetrías entre os países e alertou que as guerras comerciais “elevam preços e corroem a renda dos mais vulneráveis”. Ele pediu união da região para evitar disputas hegemônicas, reafirmando o desejo da CELAC de ser uma zona de paz.

Os líderes de outros países, como Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia), também participaram, reforçando o interesse em estreitar laços com a China. Eles criticaram as políticas unilaterais dos EUA e a morte do multilateralismo.

O chanceler da China, Wang Yi, anunciou um plano de ação com cerca de cem projetos para até 2027. Entretanto, a elaboração da declaração final enfrentou divergências, especialmente entre países que evitavam condenar os EUA.

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