Lula fala em articulação do Brics para atenuar tarifaço e defende busca de novos mercados
Lula propõe videoconferência entre países do Brics para discutir impactos do "tarifaço" dos EUA. Presidente destaca a busca por novos parceiros comerciais e defende o fortalecimento do mercado interno brasileiro.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs uma videoconferência entre os países do Brics para discutir ações conjuntas após o impacto do "tarifaço" dos Estados Unidos.
Lula afirmou que está se aproximando de países como Índia, China, Rússia e África do Sul, e que pretende aumentar as relações comerciais. A videoconferência está sendo planejada para discutir como melhorar a situação após as tarifas.
O presidente fez esses comentários durante a assinatura da medida provisória do "Brasil Soberano", que destina R$ 30 bilhões para empresas afetadas pelo tarifaço.
Atualmente, o Brasil preside o Brics, que inclui 11 países, e Lula destacou as ligações feitas com líderes de China, Índia e África do Sul, além de receber uma ligação de Vladimir Putin.
Ele justificou a importância do Brics para contrabalançar as relações com os EUA, mencionando que a balança comercial com a China é de 160 bilhões de dólares, o dobro do que tem com os americanos. Lula enfatizou a necessidade de explorar novos mercados e levar empresários brasileiros à Índia.
O presidente argumentou que o Brasil poderia focar no mercado interno caso as negociações com os EUA não avancem. Lula também criticou as atitudes dos Estados Unidos, afirmando que Trump utiliza "bravatas" em vez de negociar.
Por fim, Lula reforçou que as ações de Trump vão além do aspecto comercial, buscando, segundo ele, destruir o multilateralismo.