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Lula leva políticos e empresas ao Japão e arrisca voltar sem avanços

Lula busca estreitar laços comerciais com o Japão durante visita de Estado, focando em acordo com o Mercosul e abertura do mercado à carne brasileira. A viagem, rodeada de expectativas, pode simbolizar uma mudança na dependência do Brasil da China.

Presidente Lula chega a Tóquio nesta segunda (24) para uma visita de Estado a partir de terça (25).

Objetivos principais incluem:

  • Acordo com o Mercosul
  • Abertura do mercado japonês à carne brasileira

Lula viaja com 11 ministros e líderes do Congresso, com expectativa de reunir mais de 100 empresários brasileiros na cidade.

Porém, o jornal Nikkey noticiou que as negociações dos acordos podem ser adiadas, devido à indecisão do governo japonês.

O secretário de Ásia e Pacífico, Eduardo Saboia, expressou contrariedade: "Vamos ficar nessa conversa ou vai ter negociação?".

Outra prioridade é obter o envio de uma missão de inspeção sanitária japonesa aos frigoríficos brasileiros. Contudo, não há previsão para essa visita.

O pecuarista Vadão Gomes destacou a importância da abertura do mercado japonês, especialmente diante das tarifas impostas por Donald Trump.

Se não houver progresso nas negociações até quinta-feira, o significado da viagem pode ser simbólico, demonstrando que o Brasil não é tão dependente da China.

Três diplomatas afirmaram que a visita não serve como mensagem para Pequim, destacando a visita de Lula à China em maio para o Fórum China-Celac.

Espera-se que ocorra um acordo para visitas mútuas entre os líderes de Brasil e Japão a cada dois anos.

Lula deverá receber o Grande Cordão da Suprema Ordem do Crisântemo, a maior condecoração do Japão.

A visita é significativa, sendo a primeira desde a de Trump em 2019 e a primeira com o imperador Naruhito.

No jantar imperial, estarão o imperador, a imperatriz e outras autoridades.

Na quarta-feira, Lula participará do Fórum Empresarial Brasil-Japão e de um encontro com dirigentes sindicais.

Na delegação estão importantes ministros e líderes parlamentares, incluindo: Mauro Vieira e Carlos Fávaro.

Após a coletiva de imprensa de quinta-feira, Lula deve seguir para Hanói, no Vietnã, onde convidará o país para a cúpula do Brics em julho e defenderá a abertura do mercado vietnamita para a carne brasileira.

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