Lula na China: veja setores em que Brasil pode aumentar vendas para o país asiático
Brasil busca ampliar exportações para a China em meio a tarifas comerciais dos Estados Unidos. A relação entre os dois países se fortalece, mesmo com aumento das importações chinesas.
Brasil pode aumentar exportações para a China em 400 itens, segundo levantamento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex).
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, superando os EUA e a Argentina. O fluxo comercial entre os dois países se manteve estável entre 2023 e 2024, com importações brasileiras de produtos chineses aumentando 20%.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o presidente Xi Jinping na China, afirmando que Brasil e China "nunca estiveram tão próximos".
Aumento de exportações por área:
- Artigos manufaturados: 113 produtos (ex: ferro-gusa, alumínio)
- Matérias em bruto e não comestíveis: 61 produtos (ex: soja, celulose)
- Produtos alimentícios: 46 produtos (ex: carnes, milho)
- Combustíveis minerais: 5 produtos (ex: petróleo bruto)
- Outros: 164 produtos (ex: produtos químicos, calçados)
A viagem de Lula ocorre em um contexto de "tarifaço" imposto por Donald Trump sobre produtos importados, gerando instabilidade no comércio global. A embaixada dos EUA mencionou o Brasil entre os países que "sufocam" a economia americana.
Especialistas recomendam que o Brasil:
- Negocie alternativas com os EUA;
- Aumente relações com outros parceiros comerciais.
Dados adicionais: O fluxo comercial entre Brasil e China permanece em US$ 158 bilhões. As exportações brasileiras para a China caíram de US$ 104,3 bilhões para US$ 94,3 bilhões, enquanto as importações subiram de US$ 53,1 bilhões para US$ 63,6 bilhões. O saldo positivo da balança comercial caiu 40%, de US$ 51,1 bilhões para US$ 30,7 bilhões.
Em comparação com os EUA, o Brasil teve exportações de US$ 40,3 bilhões e importações de US$ 40,6 bilhões, resultando em um saldo negativo de US$ 283 milhões.