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Lula não tem projeto e “parece barata tonta”, diz Antonio Risério

Antonio Risério critica duramente a administração de Lula, classificando-a de desorientada e sem um projeto claro. Ele ainda questiona o papel dos movimentos identitários na sociedade brasileira e defende uma abordagem mais ampla nas políticas sociais.

Antonio Risério, escritor e antropólogo de 71 anos, criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que está “completamente perdido” em suas políticas. Ele comparou a política externa a uma “barata tonta de esquerda” e a interna a uma “barata tonta de centro”.

Risério, que trabalhou na campanha de Lula em 2002 e ocupou um cargo no Ministério da Cultura, rompeu com o governo em 2004, mas voltou a apoiar sua reeleição em 2006.

Sem graduação, ele se tornou mestre em antropologia pela UFBA e atualmente mora em Itaparica, Bahia. É crítico de movimentos identitários, que considera em declínio, defendendo que eles se concentraram em questões de identidade, afastando-se de análises sociais e econômicas.

Risério lançará o livro “Pelé, o Negão Planetário” em 9 de julho de 2025, que discute a formação política e social do ícone do futebol. Ele acredita que o identitarismo demonstra vitimismo e intolerância e desfoca das classes sociais.

Em relação a políticas de cota, Risério afirmou ser a favor de cotas sociais, pois acredita que nem todo pobre é negro e nem todo negro é pobre. Ele critica o uso de identidades como critério para acesso a cargos, defendendo a democracia baseada em soberania popular.

Questionado sobre a redução de desigualdades, Risério ponderou que avanços ocorreram sob diversos governos, mas criticou o atual governo por sua falta de direcionamento e pela manutenção das barganhas políticas.

Ele prevê que o antipetismo está ressurgindo e que, se a direita e o centro unirem forças, Lula pode ser derrotado nas próximas eleições de 2026. Contudo, se divididos, Lula ainda pode se reeleger.

Sobre as mudanças na comunicação do governo, Risério não vê resultados positivos, afirmando que o marketing atual não se alinha com as práticas tradicionais que ele conhece. Ele declarou que não tem mais intenção de votar, afirmando: “Filho da puta nenhum vai ter mais meu voto.”

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