Lula perdeu influência fora e é impopular no Brasil, diz The Economist
Análise da revista aponta que Lula enfrenta crescente impopularidade e perda de influência internacional. Estreitamento de laços com o Ocidente e aproximação com potências como China e Irã são destacados como fatores críticos.
A revista britânica The Economist criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que ele está “perdendo influência no exterior” e se tornando “cada vez mais impopular” no Brasil.
O artigo destaca que Lula tem conduzido o país a uma postura hostil ao Ocidente, particularmente pela falta de aproximação com os EUA desde a presidência de Donald Trump.
A queda na aprovação interna de Lula é atribuída a:
- crescimento do número de evangélicos;
- associação do PT à corrupção.
O tom “agressivo” do Ministério das Relações Exteriores, durante o confronto entre Israel e Irã, também foi mencionado. O Itamaraty condenou os ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas.
A revista prevê uma possível aproximação entre Brasil e Irã na cúpula do BRICS e menciona que, apesar de ser um membro, o Brasil “parece cada vez mais hostil ao Ocidente”.
A matéria ainda aponta que Lula não fez esforços para estreitar laços com os EUA, preferindo se aproximar de líderes como Xi Jinping (China) e Vladimir Putin (Rússia). Embora tenha se aproximado da Europa, Lula não dialoga com o presidente argentino Javier Milei devido a “diferenças ideológicas”.
Em relação à popularidade de Lula, a revista ressalta a inclinada do país para a direita, e menciona o movimento MAGA (Make America Great Again) em ligação com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por fim, a publicação alerta que Bolsonaro pode ser preso por planejar um golpe após perder a eleição de 2022, mas se a direita se unir em torno de um sucessor, a presidência pode voltar a ser deles nas eleições de 2026.