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Lula pode voltar ao País sem atrair chineses para ferrovia bioceânica; Tebet pede decisão em 30 dias

O presidente Lula pode voltar ao Brasil sem a promessa de investimentos chineses para a ferrovia bioceânica, crucial para a integração sul-americana. A negociação depende de uma sinalização das estatais chinesas em até 30 dias, enquanto o Brasil busca alternativas para avançar no projeto.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve retornar ao Brasil sem um de seus principais objetivos: atrair capital chinês para a obra da ferrovia bioceânica.

A delegação brasileira sinalizou que essa meta pode ficar para depois, pedindo que as estatais chinesas deem um sinal verde em 30 dias.

Construir a ferrovia é essencial para integrar Altântico e Pacífico, melhorando o escoamento de produtos brasileiros para a China e outros mercados asiáticos.

A visita foi precedida por análises de projetos em Brasília e pelo envio de ministros brasileiros a Pequim.

Contudo, os chineses ainda não decidiram entrar no projeto, sugerindo um possível entrave geopolítico.

O corredor é foco do Novo PAC, e o Brasil busca integrar com a Nova Rota da Seda.

Enquanto a China pressionou o Brasil a aderir à sua iniciativa global, o governo Lula optou por um plano que sincronize ambos os projetos.

Um diplomata chinês comentou que a decisão das empresas poderá levar tempo, e que o Brasil precisa estruturar uma cadeia de suprimentos para avançar nas obras.

O ministro Rui Costa indicou que algumas obras podem ser atrativas aos chineses e que a travessia da cordilheira dos Andes é o maior desafio.

A ministra Simone Tebet solicitou uma resposta da China sobre investimentos em 30 dias, destacando a necessidade de parceria para o projeto ferroviário.

Ela enfatizou que o Brasil carece de recursos orçamentários para avançar sozinho, propondo um interligação ferroviária do Brasil, focando no porto de Chancay.

O prazo de 30 dias é crucial para que a China dê um sinal sobre o financiamento necessário para a execução da ferrovia.

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