Lula reage à sanção dos EUA a criador do Mais Médicos e cobra fim do embargo a Cuba
Lula critica sanção americana a secretário de saúde e defende o fim do embargo a Cuba. Presidente aponta medidas de Trump como parte de uma ofensiva política contra o país caribenho.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o governo de Donald Trump nesta quinta-feira (14) após a suspensão do visto americano de Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde.
A suspensão foi anunciada por Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, alegando que o programa Mais Médicos é uma “exportação coercitiva de mão de obra” cubana.
Durante evento da Hemobrás em Pernambuco, Lula associou a sanção a uma ofensiva política ampla contra Cuba, considerada “vítima de um bloqueio injusto” há sete décadas. Ele afirmou: “Ele [Trump] não é imperador”, pedindo o fim do embargo econômico e que os cubanos “possam viver em paz”.
Mozart é central no Mais Médicos, criado em 2013 para atender áreas remotas com apoio de médicos cubanos. O programa foi revogado durante a gestão Bolsonaro e retomado por Lula em 2023, recebendo reconhecimento da ONU sobre cooperação em saúde.
A cassação do visto acontece em um contexto de outras medidas contra o Brasil, como:
- Tarifa de 50% sobre exportações;
- Cancelamento de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal;
- Inclusão de Alexandre de Moraes na lista de sancionados pela Lei Magnitsky.
O discurso republicano afirma que essas ações são respostas à “perseguição” da Justiça brasileira contra Jair Bolsonaro, contrastando com o reconhecimento internacional das instituições democráticas no Brasil.